Em um mês 12 coletores se feriram
durante o trabalho no município
A prefeitura de Barra Mansa,
por meio da Coordenadoria de Resíduos Sólidos do Saae (Serviço Autônomo de Água
e Esgoto), pede a colaboração da população para o descarte correto do lixo
doméstico, dos responsáveis por hospitais e clínicas médicas do município
quanto ao lixo hospitalar e também dos proprietários de estúdios de tatuagem,
que jogam fora materiais que podem causar ferimentos e doenças. De acordo com a
coordenadoria, os coletores estão com dificuldades para realizar o trabalho e têm
se deparado, diariamente, com situações que os colocam em perigo. Só no último
mês, 12 funcionários da empresa responsável pela coleta de lixo em Barra Mansa
precisaram de atendimento médico e foram afastados de suas atividades após se
ferirem durante o trabalho.
"A empresa nos informou o que
os funcionários estão encontrando durante a coleta e a situação muito nos
preocupa. Materiais que podem ferir o coletor não devem ser descartados de
qualquer forma. Isso é uma questão de cidadania e a população precisa
colaborar. O número de profissionais feridos é alarmante e, por isso, pedimos
atenção. Acidentes com materiais perfurocortantes são graves e não queremos
mais nenhum coletor ferido", apelou Tiago Fonseca Araújo, coordenador de
Resíduos Sólidos do Saae.
Tiago explicou que, em caso
de necessidade de descarte de materiais como vidro ou qualquer outro que
ofereça risco, é fundamental que seja sinalizado ao coletor. "Primeiro esse materiais
precisam ser colocados em uma caixa ou bem embrulhados em jornal. Se possível,
colocar no saco de lixo alguma marcação que possa ser vista pelo coletor. Assim
ele terá cuidado ao pegar aquele saco e evitará um acidente", orientou Tiago.
Ainda mais perigoso é o
descarte de material infectocontagioso, que além de ferir o trabalhador ainda
pode lhe causar doenças. "Tivemos um coletor que contraiu hepatite. Seringas,
materiais utilizados em procedimentos médicos, agulhas e tudo que é considerado
lixo hospitalar precisam de um cuidado redobrado devido ao risco que podem
causar não só as pessoas como ao meio ambiente. O descarte precisa respeitar as
regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", enfatizou o
coordenador.
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